´´Sr. Aurélio Dicionário da Silva . / Sr. Sigmund Schlomo Freud.``

Sr. Aurélio Dicionário da Silva . / Sr. Sigmund Schlomo Freud.

Sempre gostei de guardar os momentos que vivi em uma das milhares de pastas do me coração. Mas às vezes é preciso mentir sobre tudo, mudar de idéia ou rasgá-las. Às vezes nem precisa de tudo isso: posso apenas deixá-las empoeirando com o tempo até entrarem em decomposição. Mas o que seria “decomposição”? Segundo meu amigo Sr. Aurélio Dicionário da Silva, decomposição é um processo separação; perder algumas das suas partes constitutivas; alterar-se; modificar; corromper-se. Diante dessa descoberta: meu coração precisa de um backup urgente! Resolvi abrir todos os arquivos e me deparei com meus olhos num álbum de fotografias que nunca revelei: nele lugares que nunca fui; pessoas que nunca abracei; sentimentos que nunca vivi; cartas que nunca enviei, (e-mail se preferir); promessas que fiz e nunca cumpri. Sonhos que simplesmente já estão em processo de putrificação e nunca foram tocados: por medo, comodidade ou esquecimento. Como restaurar arquivos já corrompidos? Será mais fácil apertar o “delete”? Consultei meu amigo Aurélio de novo: não existe a palavra delete para assuntos sentimentais e neuras. Mas como bom amigo que é: indicou-me um ótimo técnico para me fazer um backup: Sr. Sigmund Schlomo Freud.
Enquanto aguardo a imensa fila de espera para ser atendido por este cara, vou deixando minha mente em “modo de espera” e “atualizar – F5” meu coração.

´´MAGNETISMO``

MAGNETISMO

Meu cruel pensamento
Ideal sem tormento
Me distraio no tempo
Quem me vejo sem te ter
Que espero te descrever


Nesse sonho eu naufrago
Tentando me matar
Nesse desejo eu embarco
Querendo nunca mais voltar
Pois de você não desisto
Aprenda isso, passe a entender
De você sou o que falta
E sem mim você só vai se perder
Entenda, você só vai se perder

Seus disfarces superficiais
Que me fazem te desvendar
Sua insegurança desestruturada
Que sempre te faz temer antes de acabar
Esse seu modo desusado
Essa cara de anjo decepcionado
Que me faz constantemente rever meus conceitos
E aceitar o que deturpa o seu sentimento
Aceitar você do meu modo

Nesse sonho você naufraga
Tentando se matar
Nesse desejo você embarca
Querendo nunca mais voltar
Pois de mim você não desiste
Fixou isso , não vai sair
Na sua mente eu vivo,
Faço ela enlouquecer
Te condeno aos meus castigos
Te faço sempre sem mim se perder
Entenda , sem mim, só vai se perder.

ps.sem mim só vai se perder.

´´ SEMPRE VOLTAM``

Sempre Voltam

Tudo que vivi
tudo que eu fiz
sempre que agi
eu pensei no que sei
sempre que agi
eu pensei em você


Todas as lágrimas
todas as faltas
todas as marcas
tudo que senti
tudo que eu fiz
você sempre esteve em mim
de uma maneira única
de uma forma lúcida


tudo que vivi
tudo que eu fiz
todas as memorias
sempre voltam em mim.

(A Poesia) ´´ CINZA``

(Poesia) Cinza.

Amor não se escreve
A chuva não fica no papel
Teus beijos não ficam nos meus lábios toda a vida
Por isso sinto saudade
A vida não respira para sempre
Nem sempre eu posso olhar a luz
eu vi o deserto nos meus olhos
E caminhei só por muito tempo
Até que escutei o seu amor
Amor não se ouve
Amor não se fala
Amor...
Roma fica longe
O mar está bem após o horizonte
E eu não movo meus pés
A poesia não tem cor
Mas eu a cubro de cinza
a chuva não passa pela minha janela
Os versos que eu escrevo são pensamentos
E eu penso para você
Eu cubro a poesia de cinza
Para que você saiba que eu estou morto

Efeito ´´Ra┼ed £.Paz``

Não vim ao mundo para dar explicações sobre quem sou
O meu ser é mutável, assim como tudo ao meu redor
Prefiro respirar o ar da novidade a viver num mar de marasmos
Meus voôs vão além do tédio da mesmice
Quero sentir o sabor da liberdade que Jesus me deu
Sentir o vento em meu rosto alimentando meus sonhos
Sirvo ao único e verdadeiro Deus
E Ele não muda, muito menos seu amor por mim, e isso me dá forças para continuar a viver
Palavras de amor são jogadas ao vento
Promessas falsas de um futuro utópico e indefinido
Prefiro me esconder da paixão a viver na loucura do engano
Palavras são facilmente aceitas pelo papel
Mas dificilmente assumidas por quem as diz
Canso-me da falsidade , hipocrisia e ignorância que me cercam
Anelo por conhecimento, e o saber é uma de minhas paixões, assim como a justiça e a vontade de amar e ser amado.
São tantos ranços,tantos muros e amarras ao passado
O preconceito é a marca dos néscios, a falta de vontade para aprender e largar o que um dia foi bom é medo de buscar aprender tudo novamente,as raízes os prendem e eles se negam a voar em buscas de novas terras .
Sinto o odor do mofo em suas concepções
Defendem uma educação imperialista,exclusiva e elistista
Uma Educação que ingessa o saber, que ensina apenas ruminar o pensamento do outro
Que mata a curiosidade promissora nata em todo Homo sapiens
O saber é para poucos, para aqueles que ousam transpor a barreira do desconhecido
Bem sei que por muitas vezes esmoreço,as lágrimas embaçam meu olhar
Minhas forças se esmiuçam
Preciso de fôlego para ir adiante nesta batalha
Minha mente se exaspera por razão
Meu coração sente falta do que nunca teve
Minha alma sente saudade de morar junto ao Pai
Mesmo assim, não desisto de lutar
Renovo as forças em minha sede de vencer,em minha fome do saber, de ousar
Desafiando a mim mesmo a enfrentar os gigantes com minha busca pelo novo e diferente
Não me permitindo contaminar com essa fétida adoração à mediocridade que adoece,limita, e se conforma com seus "ismos"
Persevero junto aos poucos soldados que ainda buscam transformações
Que não aceitam a impiedade deste mundo tenebroso
E feito fênix,renascendo das cinzas
Ouso mais uma vez voar !

Efeito - Ra+ed £.Paz

Ra┼ed £.Paz

Em teu mundo sou um estranho... No meu, sou apenas eu.


Efeito: Ra┼ed £.Paz

E , QUE...

...Que não se joguem palavras à rua
fingindo poesia

que não se abastarde a nobreza das palavras
na gula do protagonismo

quem ama a poesia
não faz dela coisa vã

se hoje não te sai o poema
o melhor é esperar por amanhã

CRÔNICAS DE SUSCITÁVEIS ALEGRIAS

CRÔNICAS DE SUSCITÁVEIS ALEGRIAS

Há um vazio dentro de mim

Um deserto que não sei explicar

O estrelar mais sem vida

A alguma coisa desconhecida

Uma sombra sozinha

No corredor da imprecisão

Ouvia sorrisos distantes

Não sentia o que queria, enfim...

Quantas horas incertas

Quanto mistério sem cor

Estou vendo passar por mim

Estou vendo passar sem mim.

Dentro de minha mente sã

Me sinto tão inexpressivo ,

Não mais me sinto

Como ja me senti, tão bem

Sem pensar no que o vento traz

Sem pensar no que se tem

Há uma pintura estranha ao meu redor,

Uma crônica de suscitáveis alegrias

Relatadas pela minha memória

Um suspiro ofegante

Um aperto no meu peito

Uma lágrima de saudade caída sobre minha face.

ps.I miss you my grandmother!!

´´ CÓDIGOS``

Estou preso em vocÊ
Comendo os seus vícios
Me distraio ao te ver
Surtando sozinho
Completo seu ciclo
Apago seu passado
Me amarro nos teus truques
Compreendo seus ataques

Chutei o cronômetro
Não sei quantos minutos vegetam
O meu espaço está completo
Você sobreviveu aos meus tédios
Agora não vou mais te abolir
Quero saber qual será o fim

O nosso sincronismo me congela
A sua atitude compulsiva , me revela
Os nossos olhares se tornaram ´´CÓDIGOS``
As nossas vontades escondem outras vontades

Estou preso em você
Vivendo dentro da sua novela restrita
Acompanhando os teus aromas
Refazendo tuas ideias
Dividindo o nosso ideal
Escrevendo a mãos , a nossa própria comédia

Chutei o cronômetro
Não me interessa mais o que ele diz
Sentindo o seu corpo , tudo volta a se colorir
Me convido a novas aventuras
Se junto as tuas loucuras
Te refaço como quero
VocÊ me convidou
Agora sei quais são os seus mistérios


ps. Agora sei quais são os seus mistérios ...
D.

O POETA

O Poeta

A poesia pode até ser inútil
Escandalosa, mas é necessária
A poesia não tem cor, nem raça
E algumas nem tem graça

A poesia pode até ser absurda
Sem rimas, sem regras e sem nada
Anexadas ás loucuras, até pelada

Numa mente nada mais do que pensante
Vejam só minha gente!!!
O poeta é um errante
Um pequeno camaleão inconstante
Vive como as fases da lua, mutante

O poeta é um arteiro, beijoqueiro
Deus me livre de gente barraqueira!!!
O poeta é calmo, observador
Sempre escondido atrás da fumaça do cigarro

O poeta é luxúria
É vaidade, ira
Mas também é gula
Gula pela vida

O poeta é um qualquer
Seja homem ou mulher
Seja os dois...sem preconceitos
Nessa vida nada é direito

O poeta não tem nada
Não tem porto e nem cais
Vive somente de “ais”
Quando o assunto é o Amor
O poeta é um fingidor

O poeta tem mil amores
Um em cada verso
Vários na mesma rima
Mas a solidão é sua sina

O poeta, minha gente...
É um simples sonhador
Uma criança inocente
Que vive em função do amor.